1.5.5.3 – Manutenção
do potencial elétrico da membrana celular.
Os cátions de sódio são importantes para a correta função dos
neurônios e de diversas outras células animais. O sódio é o principal cátion do
líquido extracelular (líquido corporal que está fora das células), onde está
numa concentração muito maior do que no compartimento intracelular. Essa
diferença de concentração se deve principalmente à existência da bomba de sódio
e potássio, e são esses dois eletrólitos os maiores responsáveis pelo potencial
de ação celular em animais.
1.5.5.4 – Alerta.
Na forma metálica o sódio é explosivo, em água é venenoso
quando combinado com muitos outros elementos. O metal deve ser sempre
manipulado com muito cuidado e, armazenado em atmosfera ou fluidos inertes
(normalmente se usam os hidrocarbonetos desidratados, como o querosene)
evitando o contato com a água e outras substâncias com os quais o sódio reage.
O uso de óculos de proteção é sempre necessário, pois seus estilhaços, se
houverem, podem reagir violentamente com o fluido lacrimal. Em caso de contato
com a pele, jamais deve lavar-se com água, mas sim com álcool, até a completa
remoção do metal e posteriormente, tratar como uma queimadura por álcali
cáustico, como o hidróxido de sódio.
Sua eliminação é sempre feita em álcool etílico, com o qual reage lentamente,
formando alcoolato que posteriormente pode ser eliminado com água numa reação
muito menos enérgica.
1.5.5.5 – Cloreto de
Sódio.
O cloreto de sódio, popularmente conhecido como sal ou sal de
cozinha, é uma substância largamente utilizada formada na proporção de um átomo
de cloro para cada átomo de sódio. A sua fórmula química é NaCl. O sal é
essencial para a vida animal e é também um importante conservante de alimentos
e um popular tempero. O sal é produzido em
diversas formas: sal não refinado (como o sal marinho), sal refinado (sal de
cozinha), e sal iodado. É um sólido cristalino e branco nas condições normais.
Cloreto de sódio e íons é os dois principais componentes do sal, são
necessárias para a sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os seres
humanos. O sal está envolvido na regulação da quantidade de água do organismo.
O aumento excessivo de sal causa risco de problemas de saúde como pressão alta.
1.5.5.6 – Aplicações.
Embora a maioria das pessoas esteja familiarizada com os
vários usos do sal na culinária, desconhece que a substância é utilizada em
várias outras aplicações, como a manufatura de papel e a produção de sabão e
detergentes. No norte dos Estados Unidos e na Europa, grandes quantidades de
sal são utilizadas para limpar as rodovias do gelo durante o Inverno. É
utilizado em larga escala na produção de hidróxido de sódio, cloro, hidrogênio
e indiretamente ácido clorídrico por eletrólise de sua solução aquosa (processo
cloro-álcali). O sal também é utilizado para a produção de gás cloro e de sódio
metálico, através da eletrólise ígnea. Além disso, este mineral é o de maior
utilidade aplicada entre todos, sendo utilizado em mais de 16 mil formas
diferentes (Referência
bibliográfica: Martel, B.; Cassidy, K.. -2004, Chemical Risk Analysis: A
Practical Handbook, Butterworth –Heinemann, p. 369, ISBN 1903996651; CLORETO DE
SÓDIO - Esquema de fabricação - www.solvay.pt -em português).
1.5.5.7 – Salurático.
Salurático é relativo à salurese. O saluresis (Salidiurese) refere-se à
excreção de sal através dos rins (via urina). Trata-se da eliminação específica
de NaCl (sal de cozinha). A excreção de potássio é conhecida como caliurese. Em
fim “salurese, nome feminino, eliminação de iões de sódios e de cloro pela
urina. Salurese”(Referência
bibliográfica: Reuter P.: Springer Lexikon Medizin, Gabler
Wissenschaftsverlage, 2004, S. 1886, ISBN 3540204121, hier online; Nöhring
F.-J.: Langenscheidt medical dictionary concise edition English:
English-German, German-English, Langenscheidt Fachverlag, 2004, S.522, ISBN
3861171929, hier online; Silbernagl S., e.a.: Taschenatlas Pathophysiologie,
Georg Thieme Verlag, 2009, S.106, ISBN 3131021934, hier online).
1.6 – Os medicamentos
mais usados. Remédios para Pressão Alta.
Hoje estão disponíveis no mercado tanto compostos orgânicos
naturais como os sintéticos, diferentemente de alguns anos atrás, como no
século XIX, quando só se dispunha de plantas naturais para a fabricação de
remédios. É claro que essa prática ainda perdura, aliás, foi assim que muitos
medicamentos modernos foram obtidos, através da imitação de substâncias
extraídas de plantas medicinais.
A Cadeia Farmacêutica envolve a fabricação de substâncias
químicas farmacologicamente ativas, obtidas por síntese química, utilizadas na
preparação de medicamentos. Estes podem ser obtidos pela extração de
farmoquímicos de origem vegetal, animal e biotecnológica. Esta Cadeia é
bastante ampla, compreendendo a fabricação de especialidades farmacêuticas
(alopáticas e homeopáticas) inseridas nas seguintes classes terapêuticas:
medicamentos sistêmicos específicos, agentes hematológicos, medicamentos
dermatológicos, hormônios, medicamentos anti-infecciosos e soluções hospitalares.
Além disso, a Cadeia Farmacêutica compõe a produção de soros e vacinas;
contraceptivos; medicamentos fitoterápicos; a transformação do sangue e a
fabricação de seus derivados; fabricação de açúcares quimicamente puros;
preparações farmacêuticas e intermediárias para a produção de farmoquímicos; o
processamento de glândulas; e a fabricação de seus extratos; fabricação de kits
e preparações para diagnósticos médicos; curativos, bandagens, algodão, gazes,
impregnados com qualquer substância; a fabricação de medicamentos que não
tenham o caráter de especialidades, tais como: água oxigenada, tintura de iodo.
No que se refere à saúde veterinária, também são produzidas especialidades
farmacêuticas (alopáticas e homeopáticas) destinadas ao setor, fabricação de vacinas
veterinárias e antiparasitárias.
A produção de qualquer medicamento depende da produção de
fármacos, pois são neles em que o princípio ativo do medicamento, (responsável
pela ação terapêutica no organismo) está inserido. Além do fármaco, um
medicamento é composto por excipientes, os quais são substâncias
farmacologicamente inativas, usadas como veículo para o princípio ativo. Os
excipientes garantem a eficácia dos fármacos, pois fazem com que estes tenham
sua formulação fixada e processada pelo organismo. O desenvolvimento de um
fármaco requer milhões ou bilhões de dólares em investimentos pelo laboratório
farmacêutico responsável, distribuídos em anos de pesquisas para a conclusão do
trabalho. Logo, o setor é marcado por grande número de patentes registradas
visando à proteção dos laboratórios que lançam medicamentos inovadores. Essa
proteção estende-se por 20 anos a partir do registro do produto (no final dos
testes pré-clínicos). Como muitos produtos passam por até 10 anos no processo
de teste clínico e aprovação governamental, a patente acaba protegendo o
produto durante os primeiros 10 anos de vida comercial, ou pouco mais. Após
esse período, os produtos podem ser livremente copiados, mesmo nos países que
reconheceram suas patentes, originando uma crescente concorrência de
laboratórios que oferecem produtos genéricos ou similares a preços menores.
Isso mantém as empresas líderes sob, contínua pressão para descobrir drogas
melhores que as existentes ou capazes de solucionar problemas antes intratáveis.
1.7 – Organização
Mundial da Saúde (OMS) e os problemas de pressão alta.
A cada ano no dia 17 de maio se celebra o Dia Mundial da
Hipertensão. É importante conhecer os seus números para que se possa avaliar o
impacto na saúde pública e os altos custos derivados do tratamento permanente.
Como já falamos, escrevemos e comentamos anteriormente, não existe um consenso
cientifico sobre a media de pressão
arterial para ser considerada anormal. Porém, a prática médica tem colocada a
hipertensão como pressão sistólica consistentemente maior que 140 mmHg ou
pressão diastólica consistentemente igual ou maior que 90 mmHg. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas em todo o
mundo são hipertensas, o que pode ocasionar ataques cardíacos e derrames
(acidente vascular cerebral). A hipertensão é tão importante que foi designada
como o tema do Dia Mundial da Saúde em 2013. A hipertensão arterial é o
principal fator de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A
cada ano, ocorrem 1,6 milhões de mortes causadas por doenças cardiovasculares
na região das Américas, das quais cerca de meio milhão ocorrem em pessoas com
menos de 70 anos de idade, o que é considerado morte prematura e evitável. A
hipertensão afeta entre 20-40% da população adulta da região, o que significa
que nas Américas cerca de 250 milhões de pessoas sofrem de pressão arterial
elevada. A hipertensão pode ser prevenida ou adiada por um conjunto de
intervenções preventivas, entre as quais está a redução da ingestão de sal,
consumirem uma dieta rica em frutas e legumes, praticar exercícios e manter um
peso corporal saudável. A OPA promove políticas e projetos de impacto sobre a
saúde pública na prevenção da hipertensão por meio de políticas públicas para
reduzir a ingestão de sal, promover a alimentação saudável e a atividade física
e prevenir a obesidade. Ademais, promove e apoia projetos que facilitem o
acesso a medicamentos essenciais para o tratamento de hipertensão e promove o
desenvolvimento de recursos humanos em saúde.
Globalmente, estima-se que 18% das mortes (9,4 milhões) e 162
milhões de anos de vida perdidos foram atribuídas ao aumento da pressão
arterial em 2010. Cerca de 4 em cada 10 adultos com mais de 25 anos de idade
tem hipertensão, e em muitos países 1 em cada 5 pessoas tem pré-hipertensão.
Metade das doenças relacionada à hipertensão ocorre em pessoas com níveis mais
elevados de pressão arterial, mesmo dentro da faixa normal e a hipertensão
impacta desproporcionalmente países de baixa e média renda. As Nações Unidas
concordaram com o objetivo de reduzir a hipertensão em 25% e o sódio na dieta
em 30% até 2025. A Liga Mundial da Hipertensão trabalha com organizações
nacionais, governamentais e parceiros não governamentais para ajudar a alcançar
os objetivos das Nações Unidas. A redução de sal na dieta é recomendada pela
recente Cúpula das Nações Unidas para prevenir doenças não transmissíveis e
pela Organização Mundial da Saúde para melhorar a saúde da população. Sal em excesso na dieta em excesso aumenta a
pressão arterial, aumentando a pressão arterial em 30% é uma substância
provável pró-cancerígena para câncer gástrico e também está associada com
cálculos renais e osteoporose. O consumo de sal recomendado pela OMS é abaixo
de 5g/dia. A hipertensão é um importante risco para a saúde nas Américas, onde
entre 20-35% da população adulta tem pressão arterial elevada.
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